Depoimento de Pam Martins, operada da Central (Santo Antonio de Jesus/ BA)
(antes)
(durante)
(durante)
(antes e durante)
(antes e durante)
(antes e durante)
(antes e durante)
(Pam e seu filho)
Nunca fui uma criança cheinha, mas sempre fui comilona. Minha mãe sempre me
regulava em relação a comida. Sempre mantive um peso normal. Morava em Santa
Catarina e quando me casei fui morar em São Paulo. A partir dali comecei a
adquirir peso, logo em seguida engravidei e achei que poderia comer tudo só porque estava grávida. Este foi o meu maior erro. E dos 70 kg que já estava cheguei
aos 102 no dia do parto.
Tive meu filho, amamentei muito, emagreci pouco. Cheguei aos 90 kg. Me mudei para a Bahia e fiz acompanhamento com
endocrinologista e nutricionista, mas em vão: emagrecia e engordava.
Enfim, cheguei aos 108 kg. Já não conseguia caminhar, meus joelhos doíam, não conseguia
dormir, tinha apneia do sono e várias paradas respiratórias e afogamentos
noturnos. Não conseguia acompanhar meu filho que
tinha 4 anos, mais custei a querer operar. Fui ao ortopedista, pois não
aguentava mais as dores e ele me passou um laudo com indicação da bariátrica, ali eu já
estava com fortes inflamações nos joelhos, escoliose e artrose devido a
obesidade, mas ainda sem decidir se queria ou não operar de bariátrica.
Decidi
conversar com meu endocrinologista Dr. Marcos Túlio e ele me indicou uma
consulta com Dr Carlos Augusto. Aguardei quase um mês de consulta, pois moro em
Santo Antônio de Jesus (Bahia) e o Dr. Carlos Augusto mora em Salvador e vem 1 vez ao
mês atender aqui na minha cidade. Eu sempre tinha uma imagem da cirurgia “vou
passar muito mal, vou vomitar demais e não vou conseguir comer arroz e carne”... Chegou o dia da consulta, conversei com Dr. Carlos como estava a minha vida, e chorei
muito, (senti muito medo de morrer devido a obesidade). Achava que ele não iria
querer me operar e nada iria dar certo...
Aí veio a luz ao fim do túnel, ele me
passou uma bateria de exames, conversou comigo, me acalmou e então fui fazer
os exames. Em 2 meses já tinha feito todos, com 3 meses estava indo para a mesa
de cirurgia e aí veio o pós-operatório... Me preparei muito psicologicamente, levei tranquilo
os dias de dieta liquida, senti falta de morder e mordia o bico da garrafinha
de tanto desespero. Sonhava com churrasco, lanches, coca-cola.. Dr. Carlos me falava que era normal, que isso era minha cabeça tentando me boicotar.
Na dieta
pastosa foi tranquilo e aí chegou meu pior pesadelo: a dieta sólida. Estava com muito medo de vomitar,
de passar mal, de ter fístula... mas então me surpreendi, não passei mal
com nada! Valeram as consultas com a psicóloga e a fonoaudióloga. Até aprendi a
mastigar corretamente!
Com 15 dias de operada, além de magra, refiz os exames
e não tinha mais nada: nem gordura no fígado! Meu marido me acordava de
madrugada perguntando se eu estava viva (risos). Eu também não roncava mais e isso
assustava ele.
Cheguei aos meus 6 meses de operada com a noticia que eu estava de
mudança ao Rio de Janeiro. Fiquei com medo dessas mudanças, mas fui firme e forte. Dr. Carlos nunca
deixou de me atender, sempre tirou minhas dúvidas, me acompanhou pelo telefone
e isso me deixou segura.
Hoje estou novamente na Bahia, com 2 anos e 9 meses de
operada, sem dores, alimentação equilibrada, peso estabilizado ha mais de 1 ano. Ouço críticas ainda: "essa aí não sei para que operou para viver de natureba". Vivo de alimentação saudável sim, com muito orgulho, como um doce de vez em quando ou uma pizza, mas hoje sou movida à comida, em sua maioria, integral, e de frutas, legumes, etc. E tenho muito
ORGULHO de ter mudado, sofri muito e jamais esquecerei de tudo que passei
devido a obesidade.
Eu gostaria de agradecer essa equipe 10 que é a Central da Obesidade. Hoje, tenho minha vida de volta, a obesidade me deixou sequelas, sofro com dores na
escoliose e artrose até hoje, mas eu nunca vou esquecer de tudo que passei, de
todos que me apoiaram!
Me Chamo Pamella, moro em Santo Antônio de Jesus/BA. Meu peso antes de operar era 108 kg e meu peso atual é 67 kg.