21 de jan. de 2014

Renascimento

Depoimento de Viviane Barros, operada há 1 ano pela Central

 


 (foto atual) 

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Eu não tinha a mínima noção do quanto minha vida era importante! Eu só comecei a ter uma noção a partir do dia 17.10.2012 quando me submeti a cirurgia de redução de estômago. Já tenho 1 ano de operada. 1 ano intenso em todos os sentidos. Em cada grama perdida, em cada peso perdido, eu fui encontrando uma nova Viviane, uma Viviane que estava escondida nos seus 123 kg. Hoje com 43 kg a menos, a Viviane de hoje não quer NUNCA MAIS ser a de antes.


Sempre fui gordinha, mas depois que descobri um problema sério de coluna, a minha vida desmoronou. Começou quando tive que deixar o que eu mais amava na vida: dançar. Eu dançava há 8 anos e deixar a dança foi muito doloroso, parecia que faltava algo em minha vida e comecei a entrar em depressão. Foi quando as coisas começaram a piorar. Eu só engordava, estava cheia de limitações, não aguentava caminhar 100 metros que logo precisava sentar, porque a dor era imensa. Passei a não sair mais de casa, não ia mais a festas familiares, os meus fins de semanas se resumiam a ficar em casa deitada em minha cama, tomando remédios para aliviar minhas dores. Às vezes, batia o desespero, porque eu não entendia como eu tomava tanto remédio e as dores não passavam. Eu chorava pedindo forças a Deus para suportar tudo isso. O neurocirurgião disse que não podia me operar da coluna por conta do meu peso e me indicou a cirurgia bariátrica. Foi aí que eu encontrei pela primeira vez o Dr. Carlos Augusto que, com toda atenção e carinho por seus pacientes, me convenceu que seria o melhor caminho a ser tomado no momento.


Quando vejo tudo que passei de felicidade nesse 1 ano de operada eu me emociono, a minha vida deu uma reviravolta. A cada mês que passava era uma vitória com os quilos perdidos. A autoestima e a confiança foram coisas que essa cirurgia me proporcionou e não tem dinheiro no mundo que pague. As dores na minha coluna começaram a aliviar e, hoje em dia, já me encontro 80% melhor. Meu neurocirurgião diz que não precisarei operar mais e, se tudo der certo, no futuro próximo voltarei para a dança! 


Não canso de agradecer a Deus e, ao seu instrumento aqui na terra, Dr. Carlos Augusto. Um homem excepcional, humano, dedicado na sua profissão, que sabe tratar as pessoas que são obesas com um carinho, como se fossem da sua família, com a gentileza de alguém que não é seu parente, mas que se preocupa com seu bem e com sua saúde sempre. Obrigada, Doutor!


Ainda não estou no meu peso ideal, mas falta bem pouco agora e, como não posso fazer uma atividade física mais intensa, por conta da coluna, vou me esforçando do jeito que posso para atingir a minha meta. Com a grande confiança que sinto em mim mesma, sei que conseguirei! Hoje, eu digo que faria tudo novamente e passaria por tudo novamente. Portanto, quem estiver ainda na indecisão de fazer ou não a cirurgia pense no seu melhor, pense em você e na sua felicidade, que a coragem logo vem em seguida!

Um beijo no coração, Viviane Barros.

2 de jan. de 2014

Não tenho vergonha de ser quem eu sou

Depoimento de Cris Freire, operada há 1 ano pela Central da Obesidade 



 
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 Meu nome é Cristina, tenho 38 anos, sou casada e mãe de um casal. Vivi minha vida muito tranquila, magra até a época em que me tornei mãe. Passei por alguns conflitos no início da responsabilidade e minha vida tomou um rumo muito desagradável. Após uma decepção amorosa, me enfiei em casa, junto com meus botões e só pra eles vivia. Direcionei minha decepção toda para a comida. Saía pra trabalhar todos os dias e, quando voltava, me enfiava na frente do computador e comia, comia, comia... Final de semana me enfiava dentro de casa, nem via a cor do céu e só saía na segunda, novamente pra trabalhar. Me isolei do mundo, dos amigos, da família... Nem eu me aguentava mais! Não percebi o ponteiro da balança subindo. Lembro de pesar 48 kg e depois quando vi já estava com 92kg. E daí cada vez mais. Problemas de saúde foram aparecendo e mais eu ia me enclausurando. Não me cuidava, não me arrumava, não queria me olhar no espelho.

Quando eu percebi eu estava pesando 104kg e vestindo 48 apertado, pois me recusei a comprar mais peças de roupa com números maiores. Um dia, fui numa loja com uma amiga que tem alguns anos a menos que eu e a vendedora achou que eu era a mãe dela. Meu Deus! Que choque que eu tomei! Fiquei inconformada com aquilo, mas disse pra mim mesma: tenho que me cuidar. Tenho que acordar para a vida e me amar! Comecei a ouvir as pessoas falando da cirurgia bariátrica, vendo os excelentes resultados, já tinha ido procurar o Dr. Carlos, que foi muito bem recomendado por minha amiga Luciana.

Li muito sobre a cirurgia até que resolvi operar, entrei no consultório e falei: quero fazer a cirurgia bariátrica, quero viver a outra metade da minha vida com qualidade de vida. Após todas explicações sai decidida que iria fazer algo por mim. No dia seguinte comecei a odisseia dos exames até a data da autorização do convênio. E marquei enfim o meu renascimento.

A cirurgia

Fui pro hospital como se estivesse indo pra uma festa, muito feliz. Me despedi com um até logo pra todos meus parentes. Uma alegria total. No centro cirúrgico, fiquei tranquila com a equipe maravilhosa que escolhi, e rezando apaguei. Acordei tempos depois com meu marido me olhando. As primeiras horas foram razoavelmente tranquilas. Mas a minha proposta ali era me recuperar para ir logo pra casa, então segui tudo como tinha que fazer. Tomei minha primeira água de coco, morrendo de medo, mas desceu tranquilo, vi que tudo estava bem comigo e a felicidade estava em meu rosto. No segundo dia fui pra casa, muito feliz e em hora nenhuma arrependida do que fiz. Segui tudo direitinho como nosso querido médico recomenda e, em 7 dias, já tinha eliminado 6kg. Com um mês estava mais leve: 8kg. Não tive problemas na fase líquida, passei por ela muito bem. No primeiro trimestre e, até agora, meus exames estavam todos normais. Tomo religiosamente minha vitamina, sigo as recomendações da melhor forma. Me livrei de um grande vício: o refrigerante, nunca mais coloquei um gole em minha boca. 

Arrependimento

Tenho um único arrependimento: de não ter feito antes, mas só agora foi o MEU momento, a minha hora de vencer e deixar pra trás tudo que vivi. Tudo que passei me ajudou a crescer, mas eu consegui escrever uma nova história pra minha vida e com final feliz. E só tenho a agradecer esta minha nova fase, primeiramente a Deus, a minha amiga Lú que me encaminhou a essa equipe maravilhosa, meu amado esposo, que mesmo sendo contra, no inicio, me apoiou e esteve ao meu lado, minha filha que me acompanhava as reuniões e consultas, ao queridíssimo Dr. Carlos, que sempre esteve ao meu lado, me ouvindo, me incentivando, tirando minhas dúvidas e até dando broncas.

Hoje

Fui operada com 104kg, atualmente peso 68kg. Cheguei a meta em 11 meses e livrei-me de todas as comorbidades. Eu não podia nem imaginar que algum dia me sentiria tão bem como agora. Comer de maneira nutritiva ainda é uma tarefa diária para mim. Não como nenhum alimento branco processado; nada de pão branco. Não como açúcar, só adoçantes artificiais. Além disso, eu me peso todos os dias para me orientar. Pela primeira vez na minha vida, tenho minha saúde, minha confiança e minha alimentação sob controle. Agora eu gosto de mim mesma, o que me permite gostar de outras pessoas. A cirurgia não mudou quem eu era, só realçou a pessoa que estava escondida atrás de todo aquele peso. A cirurgia abriu o mundo para mim… agora sinto que nada é impossível. Não tenho mais medo, não sinto mais necessidade de me esconder, nem tenho vergonha de quem eu sou. E as roupas ficaram ótimas. ADORO comprar roupas da moda! Ao comprar as minhas primeiras calças jeans tive a melhor sensação de todos os tempos. É ótimo sentir-se confortável na própria pele e não se sentir insegura com qualquer roupa que se use.

Recomendação

Para alguém que esteja considerando a possibilidade de fazer cirurgia, eu diria FAÇA – e nunca se arrependa. Sua saúde e seu bem-estar são prioridades absolutas. Mas eu também lembraria que isso não é para pessoas sem força de vontade. A cirurgia não é uma solução mágica; é uma ferramenta. Não pense que você vai perder peso e voltar a comer como antes. Essa ferramenta exige que você se ajuste e trabalhe com ela continuamente.